Por Pr Bertiê Magalhães
A Bíblia Sagrada nos ensina que as autoridades são constituídas por Deus para governar e apascentar a comunidade, sejam elas grandes ou pequenas. Um exemplo notável é o rei Ciro, da Pérsia, que mesmo sem conhecer o Senhor Deus, foi chamado por Ele de “meu pastor” (Isaías 44.28). Ciro foi um instrumento divino para permitir o retorno dos judeus do cativeiro babilônico e a reconstrução de Jerusalém. Da mesma forma, nos dias atuais, Deus usa os governantes como instrumentos para cumprir Seus propósitos para o tempo do fim. Nesse contexto, destacaremos a nobre missão dos pastores, homens e mulheres do juízo e da misericórdia, que são autoridades eclesiásticas confiadas por Deus para conduzir o rebanho ao crescimento espiritual.
1. Comportamento ideal das lideranças: o exercício do juízo e da misericórdia
O rei possui uma responsabilidade significativa diante de Deus, devendo praticar a justiça social com equidade (Provérbios 31.4). A influência negativa da bebida inebriante pode desencaminhar as ações da justiça (Isaías 28.7; Lucas 1.15). O rei deve dar exemplo ao povo, evitando a desordem e a anarquia. É importante lembrar que o exemplo é mais forte do que a lei, e as lideranças devem comprometer seus princípios morais, espirituais e éticos. Os pastores, como cuidadores do rebanho de Deus, devem agir com justiça, amor e cuidado, lembrando-se de que Jesus virá buscar Sua noiva e acertar contas com os trabalhadores da seara (Atos 20.28; 1 Pedro 5.2).
2. A importância dos conselheiros nas organizações
Os conselheiros desempenham um papel essencial nas organizações. O rei não governa sem o apoio desses conselheiros, que devem ser homens consideráveis e exemplos de vida para o povo. O exemplo de conduta do rei influencia os hábitos dos seus conselheiros. Se o rei não pratica o hábito da bebida, seus conselheiros também não o farão. É crucial que as lideranças, em todas as hierarquias, sejam formadas por homens de valor. Aqueles que ignoram os conselhos e desrespeitam os princípios acabam pervertendo o juízo dos aflitos (Provérbios 31.5).
3. A exigência divina de misericórdia para as autoridade
A maioria da sociedade é composta por pessoas carentes e necessitadas, que dependem das ações públicas e benefícios sociais para sua sobrevivência. Quando as autoridades são eleitas e assumem seus cargos, devem entender que os recursos públicos estão sob sua responsabilidade, pertencendo a Deus. Esses recursos devem ser distribuídos com equidade e misericórdia, seguindo princípios bíblicos. A prática da bebida alcoólica é rejeitada, pois afasta o homem da sabedoria e do bom senso no exercício do governo. A administração pública deve ser pautada por princípios constitucionais, incluindo a moralidade, que vai além da gestão correta dos recursos públicos, mas também exige uma vida íntegra, tanto na esfera pública quanto na esfera pessoal.
Conclusão
As autoridades, sejam reis ou pastores, têm a missão de exercer o juízo e a misericórdia em suas funções. O comportamento das lideranças deve refletir justiça, amor e cuidado, pois têm a responsabilidade de apascentar o rebanho de Cristo. Os conselheiros desempenham um papel crucial nas organizações, e sua conduta deve ser exemplar. Deus exige misericórdia das autoridades, considerando a maioria da sociedade carente e necessitada. A administração pública deve seguir princípios éticos e morais, tanto na gestão dos recursos quanto na vida pessoal dos governantes.
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